Estima-se que milhões de animais são sacrificados anualmente no mundo para fins de educação em salas de aula, laboratórios e realizar pesquisas. Os dados são da PETA, ONG que luta para eliminar testes em animais, levando em conta questões éticas e de saúde.
Em meio a este triste cenário surge uma positiva alternativa: a impressão 3D, capaz de criar alternativas a testes e reduzir custos.
A tecnologia surpreende a cada dia, graças à sua capacidade de criar e alterar cenários em diversas áreas.
Hoje mostraremos como o mundo está cada vez mais perto de eliminar testes em animais com aprimoramento e pesquisas envolvendo materiais biocompatíveis, impressoras biológicas e tintas especiais.
Acompanhe! 🙂
Pesquisas, impressoras e projetos
Tecidos impressos em 3D estão se consolidando como uma forma eficaz de eliminar testes em animais futuramente. Isso quer dizer que logo será possível testar novos produtos farmacêuticos e avaliar reações de novos medicamentos sem prejudicar animais.
Com isso, substâncias podem chegar ao mercado mais rapidamente sem gerar custos extras com testes. Diversas pesquisas estão sendo realizadas para encontrar materiais, alternativas seguras e eficazes com o mínimo de danos.
Você pode estar se perguntando qual é a diferença entre uma impressora que imprime tecidos biocompatíveis e aquela que imprime objetos em plástico, não?
Esta ilustração do 3D Print mostra as principais diferenças. Com cuidados mais precisos é possível criar tecidos biológicos.
Vale dar uma olhada:
Organovo e L’Oreal
E se houvesse uma impressora que imprimisse peles humanas em 3D? A Organovo já vem tornando essa ideia que parece filme de ficção em realidade.
A marca francesa de cosméticos L’Oreal resolveu abraçar a ideia e começou a imprimir amostras de peles para testar seus produtos e reduzir testes realizados em animais.
Assim, a empresa especializada na impressão de modelos precisos de tecidos humanos uniu sua alta tecnologia à empresa de cosméticos, que agora realiza pesquisas para produzir peles em larga escala através da tecnologia de impressão 3D.
A ideia é tornar isso real em até 5 anos para produzir testes alternativos e assim, eliminar testes em animais.
BioBots
Aqui está outra impressora capaz de recriar tecidos vivos. A BioBots é uma empresa americana que une química com a arte da impressão 3D para criar pequenos órgãos e tecidos humanos.
A impressão de órgãos é um processo muito mais delicado que demanda recursos e ainda está em fase de pesquisas. Transplantes, por exemplo, necessitam de um maior aprimoramento e poderão se tornar reais no futuro.
Imagina só quando isso for possível?
Pesquisas
A pesquisadora Carolina Catarino encontrou uma maneira de extrair células de amostras de pele humanas provenientes de algumas cirurgias.
Ao incluir essas células em tintas biocompatíveis, utilizadas em impressão 3D, tornou-se possível a impressão de amostras de pele.
Essa pode ser uma grande revolução para testar maquiagens e produtos químicos sem o uso de animais. A prática ainda apresenta melhores resultados, visto que o tecido humano é diferente do tecido animal.
Materiais biocompatíveis e a sua importância
Materiais biológicos e compatíveis com a tecnologia tornam reais as opções para facilitar e melhorar a vida das pessoas e animais como um todo.
Já mencionada nos tópicos acima, a biotinta é um tipo de tinta especial. Ela contém um composto foto-inicializador que consegue recuperar estruturas biológicas.
Logo, quando uma tinta biocompatível é combinada com células vivas, a tinta cria e dá vida a tecidos. Pesquisadores estão encontrando novas formas de elaborar essas tintas, pois elas podem possibilitar a impressão de materiais biológicos em um único processo de produção.
Existe ainda um tipo de tinta biológica extraída de algas marinhas que pode ser usada para imprimir em células tridimensionais em diferentes ambientes distintos, sem danificá-las.
O teste de biomateriais é essencial porque a presença de compostos químicos e agentes extraíveis do processamento pode influenciar na sua biocompatibilidade.
A impressão 3D pode eliminar testes em animais?
Com toda certeza, sim. Atualmente muito tempo e dinheiro é gasto com testes em animais que possuem diferenças biológicas em relação aos seres humanos.
A fisiologia humana é diferente; logo com o tecido bioimpresso, cientistas podem realmente criar o tipo de tecido desejado e saber os efeitos reais que um determinado medicamento apresentará.
Além de se apoiar em questões éticas, como sofrimento desnecessário e violação aos direitos dos animais, a impressão 3D como forma de eliminar testes em animais carrega um grande potencial.
Quanto mais distintos os tipos de tecidos que os cientistas conseguirem imprimir em 3D, melhor serão as possibilidades para testes farmacêuticos mais efetivos – e órgãos potencialmente transplantáveis no futuro.
Existem muitas aplicações para eliminar testes em animais graças à bioimpressão. Com isso acredita-se que será mesmo possível criar tratamentos personalizados usando células de pacientes para imitar ou melhorar a função do tecido natural.
Podemos esperar por muitas revoluções na área da tecnologia, saúde e bem estar nos próximos anos. O que será que virá a seguir?
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