É certo que a impressão 3D vem mudando a maneira de fazer desde objetos, casas e até comida. Revolucionando o design, a arquitetura e a engenharia, a tecnologia conta com um potencial de causar grandes transformações nas nossas vidas e no ambiente que vivemos.
O futuro é agora. Saiba como é possível criar de diferentes maneiras sem interferir de maneira direta no mundo em que vivemos. Acompanhe a leitura e fique por dentro de assuntos relacionados à impressão 3D e sustentabilidade!
O papel da impressão 3D para o meio ambiente
A impressão 3D diminui boa parte do desperdício de produtos e materiais, pois pode produzir produtos sob demanda com muito menos tempo. Uma impressora 3D reduz consideravelmente a pegada de carbono e busca diminuir a poluição, bem como o desperdício de produção e a energia que também é gasta para produzir, armazenar e transportar um objeto.
Existem sim equipamentos que contam com um desperdício quase nulo, além de contar com materiais biodegradáveis. Porém, a utilização da impressão 3D em larga escala ou em projetos maiores ainda é bastante questionada. Ainda há muitas impressoras que usam materiais que geram resíduos que não são recicláveis.
Materiais sustentáveis
Os materiais têm grande importância, mas não são os principais quando o assunto é impressão 3D e sustentabilidade. Reduzir a quantidade de material impresso é um ponto importante e uma maneira de fazer isso é imprimir peças ocas – uma máquina que utiliza a tecnologia FDM (Fusion Deposition Modeling) pode imprimir peças de 90% ocas. No entanto, mesmo nesse cenário, o maior benefício das partes ocas em um objeto é a redução associada ao uso de energia e não a redução do uso de material.
E os tipos de materiais? Existem aqueles que são feitos a partir de plantas e outros que podem ser produzidos a partir de plásticos reciclados por você mesmo. Esse é o caso da Ekocycle Cube, uma impressora 3D que reutiliza garrafas PET e produz filamentos feitos para imprimir objetos de até 15cm. As cores disponíveis são tons de vermelho, preto branco e natural. Ela pode ser controlada por meio de um aplicativo no celular, que controla a impressão.
Existem inclusive empresas que utilizam tecido humano para imprimir órgãos e transplantá-los em pacientes. Ainda, materiais biocompatíveis com o corpo humano já vem sendo estudados e trabalhados para avançar na área da saúde e substituírem órgãos de verdade.
Impressão 3d e sustentabilidade: como produzir de forma mais limpa
Imprimir objetos em pequena e média escala possibilitou um design mais livre e aberto, além de reduzir custos e tempo de produção. O transporte de materiais também é bem mais reduzido, eliminando essa etapa de produção. Mais importante do que a máquina escolhida é contar com um menor número de ferramentas que executam a maioria dos trabalhos. Isso não apenas reduz os impactos da fabricação das próprias máquinas, mas também diminui o consumo de energia quando o equipamento está ocioso.
Quais atitudes tomar
Como o uso de energia domina os impactos das impressoras 3D, a melhor maneira de reduzir impactos é reduzir o tempo de execução. Como? Imprimindo peças ocas em vez de sólidas. A versão oca pode exigir algum material de suporte, mas mesmo assim é uma boa alternativa, porque esse suporte pode ser impresso mais rapidamente e/ou pode ter o benefício de ser menos tóxico.
Orientando peças para a impressão mais rápida também pode economizar bastante material. Por exemplo, colocar uma parte alta de lado pode imprimir mais rápido, ou escolher uma certa orientação pode eliminar a necessidade de muito material de suporte, reduzindo o uso de energia e desperdício. Ao encher a cama, suporte da impressora em que o objeto é impresso, é possível reduzir impactos ecológicos por peça quase pela metade. O mesmo pode ser ocorrer para outros tipos de impressoras.
A escolha de bons materiais também pode ser importante. Não só os materiais melhores reduzem o uso e o desperdício de recursos, reduzem a toxicidade e até reduzem o uso de energia. Enquanto a maioria das impressoras 3D usa plástico, outros materiais estão disponíveis, como vidro, amido, gesso e cerâmica.
A toxicidade de um material pode não ser óbvia, mas lembre-se de que a fumaça de plástico derretida por uma impressora 3D é inalada por quem estiver por perto, que podem ser ruim para o seu organismo. Para evitar, procure sempre por uma guia de dados de segurança de cada material, que contêm escalas padronizadas de inflamabilidade, toxicidade e reatividade.
Estamos em um momento onde sabemos os potenciais e aplicações relacionadas à impressão 3D e sustentabilidade. Muitas mudanças já estão acontecendo e já temos uma ideia para onde essas possibilidades poderão ir. Você conhece alguma inovação sobre esse assunto? Vamos adorar saber! 🙂