Já parou para pensar em como acontecem os lançamentos de produtos que você usa? Boa parte dos sucessos de mercado precisam de uma estratégia prévia bem desenvolvida para alcançar o público.
Isso inclui o antes, o durante e o depois de lançar. Os lançamentos de produtos não são uma tarefa intuitiva e envolvem uma série de pesquisas e trabalho conceitual. A ideia ainda gera efeitos nas vendas e no possível sucesso posterior.
A etapa anterior é chamada de “pré-lançamento”, enquanto o “pós-lançamento” acontece quando o produto já está no mercado. O objetivo do texto é revelar algumas das principais práticas do planejamento para o lançamento de novos produtos. Vamos lá?
Como planejar lançamentos de produtos para 2022?
Os lançamentos de produtos começam antes de sua introdução efetiva no mercado. Aqui, vale conhecer bem o item e qual é o problema que efetivamente vai resolver para o público. Você já vai entender como isso funciona.
Conheça as necessidades do público
O público é o destinatário dos serviços, produtos, mercadorias ou ideias. Por meio dele, acontece a troca financeira e a empresa pode cobrir seus custos e gerar lucro. O termo “cliente” tem origem no latim e se associa ao verbo “inclinar”. Não é só o preço que conta para os clientes de longo prazo, mas a experiência e a confiança.
As necessidades do cliente se definem pelas razões que o levam à compra. Um exemplo é a fome, fazendo com que consumidores potenciais busquem a solução na forma de um apetitoso almoço. Desse modo, a satisfação se concretiza no consumo em um restaurante.
Embora a ideia não seja nova, ainda não existe um consenso sobre como atingir as necessidades em cheio. Um bom caminho é conhecer quais são. Por exemplo, preço, conveniência, utilidade, experiência, confiabilidade, compatibilidade, transparência e por aí vai.
Analise a concorrência
A análise de concorrência envolve a observação dos pontos fracos e fortes das empresas que disputam ou potencialmente disputarão o mercado com você. Assim, traz o contexto para identificar as oportunidades e os problemas. A partir daí, as estratégias podem ser ajustadas, fazendo com que a análise seja importantíssima na estratégia corporativa.
Às vezes, as empresas trocam a análise sistemática por impressões informais, suposições e conclusões intuitivas. Isso pode fazer com que a marca caia em pontos cegos e não consiga pôr no mercado o melhor produto possível. A ideia ainda dá pistas sobre quão receptivo é um mercado ao seu negócio.
Assim, ajudando a descobrir o que de fato funciona. A análise costuma começar a partir da identificação dos concorrentes diretos e indiretos. Os primeiros são os que a marca disputa o mesmo produto, enquanto os segundos mostram o mesmo público em setores distintos.
Estabeleça uma buyer persona
A persona é um personagem fictício que serve como analogia a um grupo hipotético de clientes que consomem de maneira similar. Algumas personas podem representar nichos específicos, fazendo parte de uma estratégia de segmentação de mercado. Entre os outros termos comuns para o conceito, aparecem “avatar” e “pen portrait”.
As personas são úteis para entender os desejos, metas e dificuldades do público. Por isso, são um caminho para orientar as escolhas sobre os produtos. Embora seja possível focar em várias, o ideal é começar prestando atenção em apenas uma. Isso, porque pode envolver pesquisas e estudos demográficos.
Uma das formas que as empresas habitualmente usam é entrevistar pessoas. Aqui, o objetivo é colher padrões comportamentais e unir aos traços fictícios para tornar a persona mais crível. Com a persona em mãos, o próximo passo é descobrir se o mercado está pronto para o novo produto.
Elenque quais dores quer atingir
As dores são os problemas que os potenciais clientes enfrentam na sua jornada. Normalmente, são pontos diversos e nem sempre têm fácil identificação. Existem alguns tipos de dores: suporte, produtividade, financeira e por aí vai. Você pode ter o fast-food em mente como exemplo.
A maior parte das pessoas não vê restaurantes de fast-food como saudáveis. Mas a única coisa que você precisa é levar seu carro ao drive-thru, fazer o pedido e aguardar um tempo de preparo muito menor do que o da maior parte dos restaurantes de comida in natura. Isso faz com que o fast-food explore a produtividade como dor.
O custo é outra dor comum. Se o cliente sentir que há dificuldade para definir o valor da compra, talvez opte por um concorrente mais transparente. Por isso, essa dor pode ser contornada com um processo mais intuitivo e simples. Vale ter em mente que, sem esses pontos, pode não existirem razões para o cliente comprar.
Não deixe a criatividade de lado
A criatividade é o fenômeno por trás da formação de itens novos e valiosos. Assim, vai desde coisas intangíveis, como ideias e teorias, até invenções, objetos físicos e produtos. Por isso, a criatividade aparece em campos do conhecimento diferentes. Por exemplo, psicologia, artes e filosofia.
A palavra tem origem no latim “creare”, que significa “criar”. Mas o significado que a sociedade dá hoje, de criação humana, só apareceu depois do iluminismo no século XVIII. Uma das formas de trazer criatividade para seus lançamentos de produtos é por meio de novas combinações, relacionando informações, objetos e eventos.
Uma prática simples é anotar cada ideia nova que surgir. Às vezes, a mente funciona de forma pouco linear e os pensamentos novos podem ir embora rapidamente. Outra possibilidade é apostar no brainstorming, anotando as ideias que cruzam sua mente e fazendo uma lista.
Utilize ferramentas de apoio
Algumas ferramentas de apoio podem ser bem úteis na hora de mapear ideias e pensar os lançamentos de produtos. Por exemplo, com o Business Model Canvas, um modelo de gestão estratégica que serve para desenvolver e registrar os modelos de negócios. Assim, pode trazer à tona uma representação visual descrevendo itens das empresas.
Aqui, entram pontos como proposta de valor, infraestrutura e clientes. O modelo foi proposto pelo teórico de negócios suíço Alexander Osterwalder, com base em um modelo anterior desenvolvido por ele próprio. Outra ferramenta possível é a análise SWOT, feita para ajudar a reconhecer, as ameaças e oportunidades, além dos pontos fracos e fortes.
A técnica é útil para os processos de tomada de decisão. Mas sua utilidade não se resume às empresas, aparecendo também em ONGs, por exemplo. Desse modo, é possível identificar pontos internos e externos que favorecem ou prejudicam o andamento do empreendimento. Tudo é feito a partir de uma série de perguntas.
Coloque as ideias no papel
O papel é uma das formas mais conhecidas de extravasar a desorganização mental. Se você trabalha em equipe, ferramentas como post-its são excelentes para compartilhar a conceitualização de forma dinâmica. Assim, com a possibilidade de retirar, trocar os papéis de lugar e colar novamente.
Você ainda pode se cercar de possibilidades de registrar ideias ao deixar, por exemplo, um caderno no carro ou na mesa de cabeceira. Uma forma simples de trazer as ideias à tona é evitando organizar enquanto as anota no começo. Às vezes, o instinto de manter tudo em ordem pode aparecer. Mas vale lutar contra esse desejo.
Isso, porque você pode descobrir novas ideias enquanto ainda está anotando e é bom manter o fluxo criativo. Você pode perder tempo ao interromper o que está fazendo para garantir que tudo fique em ordem. Às vezes, as melhores ideias surgem em cadernos escritos às pressas e pouco organizados.
Ensaie o anúncio dos lançamentos de produtos
Uma ideia que costuma aparecer no mercado é começar o pré-lançamento pelo fim. Isso significa produzir um press release do hipotético produto, mesmo que ele ainda não esteja pronto. O comunicado de imprensa serve para divulgar a marca e pode ter até fins de marketing. Assim, funciona como uma espécie de matéria jornalística.
O press release é parte do trabalho de assessoria e ajuda a espalhar a empresa em várias mídias. Costuma ser produzido por profissionais de relações públicas e não é necessariamente divulgado para o público de forma direta. Assim, um jornalista pode veicular a matéria em um meio mais conhecido.
No caso do ensaio, o texto é espalhado antes do lançamento do produto para os profissionais, deixando-os por dentro do que vão produzir. Assim, a ideia passa a se conceber na cabeça de todo mundo e serve como uma forma de trazer isso para o imaginário das pessoas.
Desenvolva o produto
O desenvolvimento de produtos costuma passar pelo designer de produtos, o profissional responsável por atividades que vão desde a conceitualização, até sua transformação em algo tangível. Por isso, une áreas como arte, tecnologia e ciência. Assim, seu trabalho passa por ferramentas como a modelagem 3D.
O designer analisa pontos como usabilidade e ergonomia na criação de um design inovador. Desse modo, o trabalho passa por fases como brainstorming e prototipagem, até chegar ao produto final. Um termo que as pessoas costumam confundir é UX designer, mas o segundo foca seu trabalho em itens digitais.
O design de produtos funciona a partir da análise, conceitualização e síntese. Às vezes, com algumas dessas etapas revisitadas. A primeira etapa começa com o comprometimento em relação ao projeto e a busca de uma solução. A partir daí, há as pesquisas, a definição das questões-chave, o brainstorming e a seleção das ideias.
Faça protótipos
A prototipagem é a criação de um modelo prévio do produto. A ideia é validar concretamente o que foi conceitualizado no início do projeto. Isso pode acontecer com tecnologias como a impressão 3D, dando origem à chamada “prototipagem 3D”. Assim, você pode identificar erros e irregularidades.
Com o protótipo em mãos, é possível reformular as estratégias de elaboração da peça. A tecnologia favorece a criação e recriação das peças, diminuindo os riscos de erros. O processo também pode envolver repetição, permitindo a fabricação rápida dos protótipos físicos e suas pequenas alterações até chegar ao resultado ideal.
Isso pode ser feito por meio de várias tecnologias diferentes. Assim, pode envolver impressoras 3D, cortadoras a laser, fresadoras CNC e por aí vai. A opção ideal varia de acordo com as necessidades do seu negócio.
Experimente a impressão 3D
Como prototipagem, a impressão 3D pode ser muito efetiva. Isso, porque segue a construção de objetos com origem em modelos CAD ou 3D digitais. Aqui, materiais como plástico são adicionados, normalmente, camada por camada. Nos anos 1980, a ideia tinha uso apenas para a criação de protótipos.
Mas nos últimos anos, a tecnologia evoluiu e também se tornou uma forma de produção industrial, sendo útil até para a gestão de EPIs. Entre suas vantagens, aparece a possibilidade de criar formas complexas e impossíveis de construir manualmente. A modelagem por deposição fundida (FDM) é o tipo mais comum.
Assim, depende do uso de um filamento termoplástico, sendo derretido e, posteriormente, solidificado. A peça segue as especificações da máquina. Se a estética e as variações de cores aparecem entre as vantagens, a resistência aparece entre as desvantagens. Isso, porque não produz peças tão robustas quanto as usinadas.
Precifique
A definição do preço pode envolver o custo de fabricação, os concorrentes, a qualidade do produto e vários outros pontos. A precificação conta com alguns objetivos. Por exemplo, lucratividade, correspondência às necessidades do mercado, consistência com o mix de marketing, competitividade e por aí vai.
Por isso, também sofre influência da qualidade do produto, da divulgação e da forma de distribuição. Preços sobem, por exemplo, quando a fabricação é mais custosa e há uma série de campanhas publicitárias para sua divulgação. Normalmente, o preço ideal definido no marketing é próximo do maior valor que os clientes podem pagar.
As empresas costumam trabalhar com estratégias de preços que fazem parte dos planos de longo prazo. Embora os preços variem, há abordagens que ajudam na definição, orientadas para operações, receita, valor, relacionamento e por aí vai. Dentro das estratégias, acontecem as chamadas “táticas de preços”. O valor também sofre efeito de leis do mercado, como a oferta e a demanda.
Planeje os lançamentos de produtos e divulgação
Os lançamentos de produtos são os esforços coordenados para uma marca colocar uma novidade no mercado e ainda a disponibilizar para compras. Assim, ajuda a criar expectativa para a novidade, colher feedback dos primeiros clientes e trazer reconhecimento. O planejamento começa bem antes da data de lançamento.
Isso, porque os bons lançamentos de produtos frequentemente envolvem áreas como marketing, finanças, relações públicas, vendas e por aí vai. O primeiro ponto em que vale prestar atenção é a criação e a execução de uma visão estratégica do produto. A partir daí, acontecem os testes internos.
O ideal é alinhar a parte de vendas e marketing. Se você trabalha com uma equipe de vendas, por exemplo, pode focar o treinamento para o novo produto. Você também pode pensar em pontos como o suporte ao cliente e a documentação técnica. Por fim, invista em elaborar a jornada de compra para encantar clientes.
Prepare o mercado
Às vezes, a persona ainda não entende o suficiente como seu produto funciona. Por isso, não acontece a compra. Isso acontece principalmente que ainda não deram as caras no mercado ou procuram substituir uma alternativa conhecida. Uma das formas de contornar o problema é por meio do marketing de conteúdo.
O principal foco é o chamado “inbound”: a ideia de atrair passivamente os clientes em vez de ir até eles. Os materiais de marketing de conteúdo têm foco expositivo, por isso, são úteis para educar a persona. Assim, a ideia segue as etapas de atração, consideração e decisão.
Os materiais orientados para uma etapa específica são produzidos com base nas dúvidas que as pessoas costumam ter nessa fase. O marketing de conteúdo é principalmente adaptável aos meios digitais, podendo aparecer em blogs, vídeos, e-books, postagens em redes sociais e por aí vai.
Inicie a divulgação
Com o press release produzido no ensaio do anúncio, vale aperfeiçoar e testar o material. Após o ensaio, você pode enviar o texto e iniciar a divulgação. Aqui, vale ter em mente quais são os melhores canais de comunicação para sua audiência. Às vezes, atirar para o maior número de veículos não faz sentido se sua audiência não está lá.
Os canais de comunicação são os pontos de contato entre você e os potenciais clientes. Desse modo, os meios vão desde o telefone até os canais digitais. Algumas marcas ainda optam pelo chamado “omnichannel”, o uso simultâneo e holístico dos meios. Assim, fazem com que a experiência do usuário seja similar em cada um.
Uma das mudanças que os canais digitais trouxeram é a velocidade. Isso, porque as respostas se tornam mais rápidas, especialmente quando há automação. Tecnologias como os chatbots permitem atendimentos simples sem a necessidade de disponibilizar novos profissionais, trazendo uma alternativa para a interação com clientes.
Considere estratégias digitais
Existem algumas práticas digitais que costumam aparecer na hora dos novos lançamentos de produtos. Por exemplo, o e-mail marketing. Assim, você pode engajar os clientes e ainda acionar contatos novos. Aqui, algumas ferramentas de automação também podem fazer parte, ajudando a mensurar o sucesso dos e-mails.
O e-mail marketing se baseia no envio de e-mails para um público específico, podendo ser hipotéticos clientes ou pessoas que já fazem parte da sua base de contatos. A ideia é cumprir os objetivos de marketing. Inicialmente, a tecnologia surgiu como uma versão digital das cartas, sendo uma das formas de comunicação eletrônicas mais antigas.
O meio foi criado ainda nos anos 1970 e seu propósito era simples: encontrar uma forma de transmitir mensagens entre usuários de computador sem depender de sua presença no telefone. Hoje, a ferramenta é indispensável e aparece em quase qualquer cadastro na internet, indo desde vestibulares até compras on-line.
Capriche nos lançamentos de produtos
Você já reparou como as gigantes da tecnologia lançam seus produtos? Na maior parte das vezes, criam eventos e conferências chamativas. A ideia é não só revelar as funcionalidades, mas criar um engajamento com o público. Desse modo, aumenta as expectativas do que vai ser lançado.
Embora nem sempre seja possível criar um evento grande, você pode fazer um lançamento criativo por meio de lives em plataformas como o YouTube. Assim, você cria engajamento sem necessariamente depender de um orçamento alto. Por fim, vale pensar fora da caixa. A metáfora significa ter ideias diferentes e pouco convencionais.
“Pensar fora da caixa” tem origem provavelmente em consultores de gestão dos anos 1980, que propunham aos clientes o incentivo ao “pensamento lateral” — uma forma de resolução de problemas por meio de raciocínio pouco intuitivo. Assim, esse tipo de pensamento é um incentivo a olhar para coisas pouco óbvias.
Analise os resultados
Um termo que talvez você já tenha ouvido é “KPI”, ou indicadores-chave de performance. Os KPIs revelam o sucesso da marca em alguma atividade e são uma forma de analisar os resultados. Assim, sua escolha depende do que é relevante para a marca e para o setor. Métricas importantes para vendas, por exemplo, são diferentes das de gestão financeira.
Às vezes, os KPIs nem sempre estão claros. Por isso, existem algumas estruturas de gestão que podem facilitar a escolha. O balanced scorecard, por exemplo, envolve a elaboração de um relatório para acompanhar as tarefas da equipe e observar suas consequências. Assim, a importância dos KPIs aparece na hora de tomar decisões.
Ao considerar as várias opções ao decidir, o ideal é estar suficientemente informado para ter uma boa noção das consequências. Se as análises nascem de informações ruins, as previsões se tornam pouco confiáveis, por isso, a decisão pode não ser a melhor. Isso faz com que indicadores minimizem riscos.
Os lançamentos de produtos envolvem a análise de concorrência, o conhecimento das dores do público e uma boa precificação. Aqui, o apoio do designer de produtos e da prototipagem 3D pode fazer a diferença.
Se você ainda tem dúvida sobre onde fazer impressão 3D e conseguir o apoio de uma boa equipe de design, a Produteca é especializada justamente nisso. A marca ajuda a tirar as ideias do papel e a projetar produtos significativos.
A metodologia de criação da Produteca envolve o trabalho de designers com mais de uma década de experiência e a empresa já ganhou vários prêmios importantes. O que acha de conhecer o serviço de design de produto da empresa e caprichar nos seus lançamentos?